Momentos de mudanças e transformações atuais estão fazendo com que o novo profissional de compras adquira novas habilidades e conhecimentos específicos como: Gestão em Pricing; análise de dados; Gestão do shopper; estudar a concorrência on-line e off-line, atuar efetivamente na prevenção de perdas, estar preparado para tratar de trade marketing com a indústria, enfim, apenas “comprar muito” para obter melhores preços e vender barato, ficou básico, é preciso muito mais conhecimento para alcançar melhores resultados.
A tecnologia passou a ser um grande aliado dos compradores, porém, o volume de informações para análises críticas e adequadas ao seu negócio, de nada servirá se o profissional não estiver preparado. É certo que as indústrias já partiram para preparar seus times de vendas que também enfrentam grandes desafios nesse cenário de novos perfis profissionais. O antigo papel do comprador era buscar fornecedores, traçar e negociar as melhores condições e oferecer ao shopper condições diferenciadas de preços, esse era o grande trunfo das empresas que rapidamente passaram a ser copiadas e rapidamente foram percebidas pelos seus clientes que pouco se oferecia de diferencial; foco apenas no preço e não em valores.
O novo perfil de um profissional de compras, exige que ele seja peça fundamental do negócio, um verdadeiro estrategista, ele precisa dar respostas para a operação, participar ativamente do fluxo financeiro do negócio através do controle de estoques sem deixar acontecer rupturas, acompanhar as principais informações sobre a economia do país e local, impactando positivamente no negócio e também no atendimento aos clientes.
Aquele jogo de metas entre fornecedor e varejo ficou no passado, “nem o que o vendedor quer, nem o que o comprador quer”, mas sim o que faz sentido para o shopper, o CHA (conhecimentos, habilidades e atitudes), tem que se aliar ao VPM (ver, perceber e mudar). Mudar é traumático e doloroso, porém necessário, sem mudanças os resultados serão os mesmos ou até menores, com os mesmos números, dependendo do cenário econômico.
É importante às organizações, perceberem que as antigas estruturas também precisam de suporte e mudanças, as pesquisas de preços antes feitas de forma unicamente presencial, hoje, podem ser realizadas por inúmeros aplicativos de pesquisas de preços, e-commerces de varejos, MarketPlaces, sites de negócios diretos e indiretos que concorrem com os Supermercados. A figura do comprador precisa receber apoio de pesquisadores em sua equipe, Inteligência de mercado e talvez até um Gestor em Pricing para dar suporte, o que não tira a necessidade de uma visão generalista do profissional de compras, como também nem todo varejo suporta uma estrutura comercial robusta, mas que não diminui a responsabilidade de oferecer suporte ao novo comprador por parte de tecnologias que possam auxiliá-lo.
A necessidade de elaborar as estratégias em prol do shopper juntamente com os fornecedores se tornam cada vez mais importantes e necessárias, pois é impossível ser bom em tudo e oferecer tudo de melhor para todos, o nível de consciência em entender o que é bom para seus consumidores é uma realidade, copiar as estratégias da concorrência, é quase que um suicídio comercial. É fundamental entender, que as mudanças chegaram e são necessárias, o que não descarta profissionais experientes na área, o que é vital ao seu supermercado é estar sempre planejando e executando ações que gerem resultados, conquiste e fidelize clientes, pois as mudanças não irão parar por aqui, o feeling e o conhecimento adquiridos até aqui enriquecerão as novas habilidades adquiridas pelos novos profissionais de compras, que somarão para se adaptar e gerir as mudanças. O uso competente da tecnologia é o grande “pulo do gato” em toda essa mudança, pois ela é responsável por gerar de forma inteligente, valiosas informações para tomadas de decisões mais assertivas, mas jamais substituirão o humano nessas tomadas de decisões, sentir, analisar e decidir, ainda cabe ao profissional de compras.