O Associativismo como “Palavra de Ordem” para a Sustentabilidade e Fortalecimento dos Negócios

O associativismo é um instrumento importante para que determinados setores deixem o anonimato e alcancem maior expressão, seja econômica, política ou social.

Em meio à acirrada concorrência dos gigantes do varejo, os supermercados regionais e os mercadinhos de bairro não perdem a vez: através do associativismo eles agregam serviços que antes eram disponibilizados apenas pelas grandes redes e ganham no quesito ‘personalidade no atendimento’.

            Nos tempos modernos, uma das propostas do associativismo é integrar ideias e habilidades para alcançar mais rápido os resultados dos negócios. Estes resultados são ainda mais importantes em momentos de crise e incertezas, quando as organizações precisam superar contextos desafiadores.

            O associativismo passa a ser palavra de ordem para garantir mais que a sobrevivência destes pequenos negócios e, durante a pandemia da Covid-19, o ganhou ainda mais força; o segmento supermercadista precisou se unir para novas estratégias e soluções. A previsão é que os números continuem a crescer, mesmo após o fim da crise pandêmica. O aumento significativo se deve a diversos fatores, que vão desde a readequação do potencial de compra da população até o surgimento de novas tecnologias. O bom custo-benefício também possui grande influência sobre o crescimento deste fenômeno entre os brasileiros.

            “Cooperar” não é uma estratégia recente no mercado brasileiro. O modelo das redes associativas começou a ser popularizado no Brasil por volta dos anos 2000, com forte apoio do Sebrae e de programas públicos. Com a abertura da economia brasileira e o desenvolvimento da tecnologia da informação ampliaram sensivelmente a competição e estimularam muitas pequenas empresas a buscarem estratégias de cooperação em rede, tal como as redes de supermercados, farmácias, varejo de móveis e autopeças. 

            Atualmente, o fenômeno do associativismo no Brasil só tende a crescer a cada dia, e isso graças às inúmeras iniciativas de pequenos empreendedores. Conforme relatórios do GEM (Global Entrepreneurship Monitor), pequenas empresas produzem cerca de 25% da riqueza e empregam 50% de todos os trabalhadores brasileiros. A partir disso, compreendemos que o Brasil reúne todas as características necessárias para se tornar um gigante do associativismo, servindo de exemplo para todo o mundo.

            Em tempos de transformação digital acelerada, o associativismo pode ser um atalho importante para empresas evoluírem muito mais rapidamente na implementação das mudanças culturais, operacionais e sistêmicas – um desafio que tem um grau de complexidade elevado e se encaixa perfeitamente nos seus objetivos, dado que em grupo é mais fácil inovar, melhorar a gestão e tornar o ambiente de negócios mais favorável.

            Dentre os benefícios da escolha deste modelo podemos destacar:

  • Integração com os supermercadistas, proporcionando o compartilhamento de práticas, desafios e soluções, além de considerável poder de barganha;
  • Representatividade junto aos órgãos públicos e autoridades em questões de interesse individual e coletivo;
  • Acesso aos Acordos, Convênios, Programas, Câmaras Técnicas, TACs (termo de ajuste de conduta) e afins firmados com o Poder Público refletindo os interesses do setor; 
  • Conteúdos produzidos por profissionais de Recursos Humanos, Comercial, Comunicação e Marketing, Tecnologia da Informação, Jurídico e do Alimento Seguro – compostos por experientes profissionais do ramo supermercadista, em conformidade com as modernas técnicas de mercado e alterações legislativas. 

            Do ponto de vista mercadológico, o associativismo representa espaço para diálogos produtivos no Ecossistema de Negócios, circulação de informações confiáveis e de vínculo entre empresários. O que se vê, notadamente, é um aumento da conscientização sobre as vantagens oferecidas por uma associação (um dos motivos que têm ocasionado um maior número de filiações). Esse modelo de negócio permite empoderamento aos mais diversos segmentos, com ganhos relacionais, de conhecimento, pessoais, estratégicos na relação com fornecedores, construção de marca, comunicação com o mercado, adesão a tecnologias e construção de um posicionamento também estratégico/diferenciado, dispondo de suporte em diversas áreas! Vale, sim, ponderar sobre os ganhos reais desta escolha!

(Mayvonne Morais, Psicóloga Organizacional, professora de graduações e pós, consultora de gestão e estratégia, desenvolvedora de talentos e competências).

@mayvonnemorais

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