O poder das Soft Skills para a sobrevivência na nova era do varejo

O poder das soft skills para a sobrevivência na nova era do varejo

Nem só de preço vive o varejo, mas de toda cadeia de valor. E o que significa cadeia de valor? É a representação do conjunto de atividades desempenhada por uma organização que vai das relações com os fornecedores, ciclos de produção, de vendas até a fase de distribuição final.

Isto é o que possibilita o melhor entendimento de como funciona a organização e a prática dos seus processos e estratégias. Ou seja, no varejo além dos preços e custos envolvidos devemos considerar o valor gerado nas relações de toda cadeia produtiva.

Com este entendimento é preciso destacar a importância das soft skills, ou simplesmente habilidades sociais, que são diferenciais profissionais tão importantes quanto as apresentadas nos currículos e formações e certificações técnicas (hard skills).

HARD SKILLSSOFT SKILLS
Competências técnicasCompetências comportamentais
O que colocamos no currículoO que não colocamos no currículo
Aptidões técnicas, certificações e qualificaçõesAptidões mentais, emocionais e sociais
Necessária para o desempenho da funçãoNecessária para a construção de uma carreira
Construída com estudo, treinamento e capacitaçãoRequer autoconhecimento e autopercepção.
Excel avançado, operação no sistema, idiomas, cálculos matemáticos etc.Comunicação, liderança, trabalho em equipe, inteligência emocional, proatividade e atendimento ao cliente.

Estamos vivendo em uma era cuja tecnologia avança cada vez mais, é só observar o sistema de pagamento via PIX, cartões de crédito por aproximação ou por aplicativo de celular, além de novos softwares em toda operação de loja, com foco em controle e análise dados para melhorar a condução do negócio. A isso se acrescenta as compras online e via aplicativos, e serviços de delivery. Tudo isso já é presente na vida de nossos clientes e certamente já deve fazer parte da operação de sua loja. Então, como se preparar para o futuro?

Existe uma tendência natural da mecanização e robotização das operações, que visa uma melhor jornada possível aos clientes, por meio de um atendimento personalizado e ágil. As atividades que são repetitivas podem ser facilmente automatizadas, como no caso do sistema de checkout dos operadores de caixa.

E é claro que este assunto é polêmico, pois sem o checkout haveria diminuição no quadro de funcionários. No entanto, esses profissionais poderiam se concentrar nas necessidades de cada cliente, fazendo um acompanhamento do ciclo completo de atendimento – desde a recepção e chegada do consumidor na loja até a efetivação da compra. Desta forma, essas funções envolvem mais interação e atenção personalizada ao cliente. São estes laços fortes que aumentariam a percepção de valor e o potencial de realizar mais vendas.

Este artigo não tem a intenção de criar alarde em torno da automatização dos processos no varejo e tão menos assustar o quadro de funcionários com previsões do aumento da taxa de desemprego. Muito pelo contrário, serve de alerta para as novas tendências do mercado e quais são as necessidades do consumidor final.

Se precisaremos melhorar a atenção dada aos consumidores, será mais que necessário desenvolver habilidades socioemocionais dos funcionários, as chamadas soft skills.

Em uma pesquisa realizada pelo MonpowerGroup, após a pandemia, com 26 mil empregadores de 43 países apontou que um terço está investindo no treinamento dessas habilidades de seus colaboradores. No Brasil, foram ouvidas 450 empresas, das quais 43% estão investindo em ações para aprimorar as soft skills da equipe.

Mesmo com este olhar e com muitos especialistas insistindo nesta necessidade de aperfeiçoar as habilidades comportamentais, não é uma tarefa fácil executar este tipo de programa nas organizações. Isso porque são mais difíceis de serem identificadas e desenvolvidas, quando comparadas às hard skills, ou habilidades técnicas. Neste mesmo estudo, 64% das empresas avaliaram como mais trabalhoso ensinar as soft skills necessárias para o desempenho pleno dos processos.

Apesar das dificuldades, o mercado vem exigindo esses diferenciais, de modo que os líderes já identificam os benefícios que o desenvolvimento de tais habilidades podem gerar para à organização e para seus clientes. Ao investir em um treinamento de soft skills, as empresas passam a investir nelas mesmas. Com isso, o clima organizacional melhora e a produtividade aumenta, reduzindo perdas e melhorando o atendimento ao cliente. Entende como funciona bem essa cadeia de valor?

COMO DESENVOLVER AS SOFT SKILLS?

Segundo o psicólogo Daniel Golleman, considerado por muitos como o pai da Inteligência Emocional, há

 Maneiras de desenvolver as soft skills, são elas:

  1. Aprender a se autorregular: conseguir administrar as próprias emoções é a melhor maneira de diminuir o estresse e manter o foco. Quanto mais desenvolver o autoconhecimento e autocontrole, melhor.
  2. Fazer um bom gerenciamento do tempo: Por si só já é uma soft skill. E é preciso de organização e planejamento. Elimine as distrações e seja mais disciplinado.
  3. Ter abertura para feedbacks: Saber ouvir é essencial. Nem sempre é fácil ouvir críticas, mas é importante entender as críticas como uma forma de saber pontos que precisam ser melhorados.

No ambiente corporativo o desenvolvimento deve ocorrer tanto de forma individual, quanto em grupo. A princípio, muitos dos funcionários podem acreditar que as soft skills fazem parte da personalidade humanas, e sendo assim, é uma característica inata ou não. Algumas pessoas nascem com mais facilidade para algumas aptidões, mas todos temos habilidades que poderão ser naturalmente desenvolvidas.

Vamos à algumas dicas para desenvolver equipes com foco nas soft skills:

1. Reconhecer e estimular colaboradores mais dispostos a mudanças;

2. Estabelecer uma comunicação eficiente;

3. Treinar e acompanhar seus colaboradores;

4. Entender e respeitar o perfil de cada colaborador;

5. Avaliar os resultados.

Boas vendas! Sucesso sempre!

Eduardo Duke

Especialista em Liderança e Comunicação Estratégica. Palestrante e Treinador Comportamental com Foco em Resultados. Criador do Método Comunicação Estratégica desenvolve Programas de Desenvolvimento de Líderes. Pós –Graduado em Gestão de Negócios pela UPE atuou por mais de 10 anos na Gestão Comercial de Grandes Empresas. Co-autor no livro Gestão das Emoções no Ambiente Corporativo.

E-mail: comercial@eduardoduke.com.br Contato: (81) 99673-5490 Site: www.eduardoduke.com.br Instagram: @eduardodukeoficial

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